Foi enviado neste sábado (13), pelo presidente Jair Bolsonaro, uma carta destinada às autoridades de Israel com o intuito de prestar esclarecimentos sobre sua declaração à respeito do Holocausto. No texto, ele declara que as interpretações foram feitas de forma errada e que isso só importaria àqueles que gostariam de deixá-lo afastado das suas ‘amizades judias’.
A carta foi endereçada depois que o presidente de Israel, Reuven Rivlin, mencionou, no sábado, pelo Twitter, que não somente os líderes partidários como também os primeiros-ministros iriam perdoar, muito menos esquecer o Holocausto.
A postagem foi considerada uma forma de criticar a declaração feita por Bolsonaro, ao longo de uma reunião que ocorreu com evangélicos no Rio de Janeiro na última quinta-feira, quando ele falou que eles poderiam perdoar, porém não poderiam esquecer a aniquilação em massa dos judeus ao longo da 2ª Guerra Mundial.
O Museu do Holocausto declarou que ninguém estava na condição de definir se os crimes ocorridos poderiam ser perdoados. Neste domingo (14), o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) utilizou sua conta no Twitter para dar esclarecimentos sobre a declaração de seu pai. Ele postou uma foto de uma folha em branco, na qual constava uma frase à mão e fora assinada pelo presidente. Estava escrito que as pessoas que esquecem o seu passado estão condenadas a não ter futuro.
O que foi escrito pelo Presidente Jair Bolsonaro durante sua visita ao Museu do Holocausto em Israel. Foto tirada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. Essa verdade você não verá na imprensa desinformadora. pic.twitter.com/i46FgxKgtB
— Carlos Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@CarlosBolsonaro) April 14, 2019
De acordo com Carlos Bolsonaro, a foto havia sido feita pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. Adicionalmente, no Twitter, o vereador fez ataques à mídia, quando disse que a real mensagem que tinha sido deixada pelo seu pai no Museu do Holocausto não seria vista pela imprensa desinformada.