O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril do ano passado. Lula foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
Nesta quarta-feira (5), Lula tornou-se réu no sétimo processo. O ex-presidente e os ex-ministros, Paulo Bernardo e Antônio Palocci, e Marcelo Odebrecht são suspeitos de terem recebido propina da construtora Odebretch em troca de favores políticos.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal foi aceita pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília.
De acordo com a acusação do MP, a empreiteira teria prometido a Lula, em 2010, R$ 64 milhões em troca de ser favorecida em decisões do governo. Lula foi presidente entre 2003 e 2010 e continuou com certa influência após a vitória de sua sucessora, Dilma Roussef.
Além dos sete processos e da condenação em segunda instância que o mantém preso, Lula também foi condenado em primeira instância no caso do sítio de Atibaia. Os crimes também são lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa do ex-presidente recorreu e ele será julgado em segunda instância.
A expectativa da defesa de Lula é que o ex-presidente saia em regime semiaberto em agosto. O problema, por outro lado, é que novas condenações podem acontecer a qualquer momento.
Foi por causa da condenação em segunda instância que Lula foi impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018, baseado na Lei da Ficha Limpa. O candidato petista foi Fernando Haddad, que acabou derrotado por Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.