A ex-presidente da República, Dilma Roussef está pedindo reparação por ter sido perseguida pela ditadura militar, porém a palavra final está nas mãos da ministra dos Direitos Humanos, Família e da Mulher, Damares Alves.
Quem analisará esse processo será a Comissão de Anistia do governo federal e isso poderá acontecer já na próxima quarta-feira (26). Esse pleito de Dilma é um dos mais de 90 processos que devem ter sua análise nas primeiras sessões do colegiado em 2019.
Esse pedido de Dilma, que foi aprisionada e torturada durante a ditadura militar, teve o seu protocolo ainda em 2002. O processo ficou parado a pedido dela mesma, enquanto ela foi ministra de Estado e depois presidente da República. Quando ela foi afastada do cargo por conta do impeachment há 3 anos, Dilma fez um pedido de reabertura do processo.
Essa comissão que fará a análise tem 27 membros tem caráter consultivo, sendo que a decisão final caberá a ministra Damares. Inclusive ela fez promessas para rever tudo o que foi dado nos últimos anos e vai abrir essa “caixinha” da comissão, conforme ela mesmo chamou.
O valor pedido pela ex-presidente impressiona, ela solicita R$ 10,7 mil ao mês, com o adendo de ter efeito financeiro retroativo. Dilma alega que quando foi libertada na década de 70 ela não pôde voltar a cursar economia na Universidade Federal de Minas Gerais., sendo assim precisou prestar outro vestibular para outra universidade no Rio Grande do Sul.
Depois disso Dilma começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, mas segundo ela o SNI a obrigava a pedir afastamento do cargo.