Neste sábado, 29 de junho, o suposto estupro coletivo que aconteceu na Praia Grande, Litoral de São Paulo, ganhou um novo capítulo. Isso porque a Polícia Civil conseguiu imagens de câmeras de segurança que comprovam – pelo menos em parte – a versão da vítima. A jovem de 19 anos, que não quer que o seu nome seja revelado, garantiu que foi abusada no banco de trás da viatura policial, enquanto o outro PM dirigia.
As imagens foram cruciais para a polícia determinar a prisão dos dois suspeitos de terem cometido o crime contra a jovem. Benedito Domingos Mariano, da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, explicou o que as imagens significam para a investigação do caso.
Ouvidoria diz que vídeo é fundamental no caso e que PMs mentiram em depoimento
“Para os policiais civis, eles alegaram que os dois estavam no banco da frente. O vídeo contradiz o depoimento deles. Isto é citado no pedido de prisão preventiva”, revelou ele em entrevista ao G1, o portal de notícias da Globo. Segundo o entrevistado, essa também é a prova fundamental que comprovaria o abuso, já que mostra nitidamente o PM entrando no banco de trás da vítima, além de outros movimentos suspeitos.
“Entre mais de 40 mil casos ou procedimentos da Ouvidoria da Polícia, sem dúvida não me recordo de ter caso similar de violência sexual dentro de uma viatura cometido por policiais em serviço, é um absurdo. É um crime gravíssimo e bárbaro”, revelou o ouvidor da corporação, em um caso que está tendo repercussão nacional.
Além do vídeo, a vítima passou por uma perícia em seu corpo. Médicos apontaram que ela realmente tinha sinais de violência sexual. Na época, a jovem disse que foi pedir ajuda à PM para chegar à rodoviária da região e os homens ofereceram uma carona. Foi nela em que tudo teria ocorrido.