O velório do jornalista Paulo Henrique Amorim, que aconteceu na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (11), tornou-se um ato político e os nomes do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula estiveram presente. O velório foi encerrado às 15h e o corpo foi encaminhado ao Cemitério da Penitência, no Caju, para ser sepultado.
O público que compareceu na despedida ao jornalista encerrou o velório cantando o hino nacional. Logo depois, gritos de “Fora, Bolsonaro” e “Lula livre” foram entoados pelas pessoas presentes.
O jornalista morreu na madrugada de quarta-feira, após sofrer um infarto fulminante em seu apartamento no Rio de Janeiro. Quando o socorro chegou ele já havia falecido.
Paulo Henrique Amorim era um ferrenho crítico do presidente Bolsonaro e também do ministro da Justiça, Sergio Moro. Em seu canal no YouTube, o Conversa Afiada, havia diversos criticando Moro e a operação Lava Jato.
Paralelo a isso, o jornalista era apoiador do ex-presidente Lula, que está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, cumprindo pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Amorim trabalhava na Record, cujo dono, Edir Macedo, é apoiador de Bolsonaro. Uma suposta pressão do presidente teria feito a emissora afastar o jornalista do comando do Domingo Espetacular. Ele apresentava o jornalístico desde a estreia, em 2005.
Amorim passou por diversas emissoras, como Globo, Cultura e Band. Ele chegou à Record TV em 2003 para apresentar o Jornal da Record 2ª Edição. Foi criado do Tudo a Ver e depois foi encaminhado ao Domingo Espetacular.