O Brasil tem perdido muitos de seus jornalistas desde o início deste ano. Um dos casos mais comentados foi Ricardo Boechat, que faleceu após sofrer um grave acidente de helicóptero em fevereiro de 2019. Ontem, foi a vez de Paulo Carvalho, que também era bastante conhecido por seus trabalhos e teve uma morte repentina.
Paulo havia prestado serviços para diversas mídias de comunicação como os jornais Extra, O Dia e A Notícia, alguns dos mais renomados do país. Ele tinha 47 anos de idade e faleceu depois de ter um infarto fulminante na última quinta-feira (25/07).
Foi Paulo quem ajudou a polícia a prender os envolvidos no caso Eliza Samúdio. Ele estava na porta da delegacia quando ganhou a confiança da modelo, que foi morta em 2010, e conseguiu uma entrevista com ela. O depoimento colaborou para a identificação dos assassinos do crime, cujo mandante era o goleiro Bruno, à época, jogador do Flamengo.
Além de Eliza, ele conseguiu dar voz a várias outras vítimas da violência no Brasil. Por cerca de 14 anos, Paulo fez diversas matérias sobre grandes furos, como a tomada do Morro do Alemão e a Guerra da Favela da Rocinha, que na época era um dos assuntos mais comentados.
O sepultamento aconteceu por volta das 4 horas da tarde desta sexta-feira (26/07), no Cemitério Jardim da Saudade, que fica localizado na cidade de Sulacap, no estado do Rio de Janeiro.
Paulo deixa para trás a esposa, Janaína Ferreira, que também trabalha como jornalista, e dois filhos fruto do relacionamento, João Gabriel, quem tem 18 anos, e Pedro Henrique, de 11.