Na madrugada desta quinta-feira (25), uma situação envolvendo a Polícia Militar do Distrito Federal e garotas de programa chamou atenção. Em uma filmagem, é possível identificar uma moça de cabelos pretos deixando uma boate, reconhecida por explorar a prostituição, localizada no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, e dirigindo-se a um carro.
Uma cena considerada comum em ambientes que exploram esse tipo de atividade, mulheres encontrando com seus clientes. Porém, um detalhe chamou atenção, o veículo para o qual a moça se dirigiu era uma viatura da PM, conduzida por um militar fardado que estava em expediente.
Apesar desse tipo de conduta ser inesperada justamente por envolver membros da segurança pública, a situação evidenciada pela filmagem é de incidência corriqueira no local citado. De acordo com uma análise feita pelo Jornal Metrópoles que, durante quatro meses, acompanhou uma proximidade excessiva entre os policiais, as garotas de programa e os donos da boate.
Desse modo, o Jornal constatou que as visitas dos PMs à casa noturna ocorrem com uma frequência semanal, sendo que alguns passam horas dentro do estabelecimento em pleno horário de serviço. Além disso, a análise identificou, em um intervalo de dois meses, aproximadamente 13 viaturas transportando mulheres que trabalham na boate.
Além da situação evidenciada no vídeo, durante o período em que a equipe do Metrópoles realizou a campana, outras duas situações envolvendo PMs chamaram atenção. Em uma das ocasiões os membros da segurança pública entraram na boate por volta de meia-noite e só saíram após às 3h da madrugada. No mês de junho, dois policiais entraram no estabelecimento e cerca de 20 minutos depois deixaram o local com sacolas de cerveja.