William Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói, na manhã desta terça-feira (20), e tornou-se assunto comentado em todo o Brasil. Ao escolher o crime, o jovem foi morto por um sniper do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).
De acordo com perícia inicial, o corpo de William Augusto da Silva tinha seis perfurações. Independente do modo como ele morreu e do crime que cometeu, este momento é de sofrimento para a família Silva.
Apesar de tudo, um primo de William, Alexandre da Silva, comentou a morte na família e surpreendeu com a declaração que deu. Alexandre pediu desculpas a todas as vítimas que estavam no ônibus.
Cerca de 37 pessoas foram feitas reféns no ônibus que fazia o trajeto Jardim Alcântara, em São Gonçalo, até o Estácio, no Centro do Rio de Janeiro. Quando foi morto, William havia liberado seis pessoas. Os demais permaneciam no interior do ônibus.
“Graças a Deus quem está chorando hoje é a minha família. Poderiam estar chorando 39 famílias de trabalhadores como eu, como o pai dele”, comentou William na Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói. Alexandre também havia dito que o primo era ótimo filho, sobrinho e pessoa.
O rapaz também tinha ido até a Ponte Rio-Niterói e pediu desculpas pessoalmente aos passageiros feitos reféns. Ele teria dito que William sofria de depressão, passava muitas horas na internet e apresentava sinais de isolamento.
William ajudava o pai, José Reinaldo da Silva, que é padeiro. Nos últimos dias, porém, ele estava afastado do serviço devido a uma dor na perna, como explicou sua mãe.