Ao longo desta semana, o Jornal Nacional fez uma série de reportagem a respeito dos incêndios florestais que atingem a região amazônica, apresentando a repercussão entre os líderes internacionais, além da defesa do governo Jair Bolsonaro e a apresentação de políticas ambientais.
Na edição de segunda-feira (19), o Jornal Nacional transcreveu uma fala do então presidente Lula, em 2004, quando também vinha sofrendo pressões internacionais relativas à proteção ambiental, na qual ele dizia: “Este país ainda tem 69% da sua mata original preservada, enquanto países ricos que tentam nos dar lição só têm 0,3% das suas florestas preservadas”, afirmava o petista.
O noticiário refutou os dados apresentados pelo então presidente, alegando que a cobertura florestal atual da Europa é de 42%, e não 0,3% como Lula havia declarado. Na edição de segunda-feira, o Jornal Nacional demonstrou a similaridade de discursos adotados por Jair Bolsonaro e pelo petista com relação às situações de cunho ambiental, embora ambos sejam grandes opositores políticos.
De acordo com William Bonner, Lula acompanhou aquela edição do JN de dentro da cadeia, ressaltando o fato de que o político cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba, Paraná, por conta de acusações relativas a corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além disso, a defesa do político pleiteou na Justiça um direito a retratação pelo ex-presidente Lula, uma vez que seu nome havia sido mencionado na reportagem: “O ex-presidente Lula, preso em Curitiba, assistiu a reportagem e disse que ela comparava a política de desmatamento do governo dele com a de Jair Bolsonaro. Não foi isso o que a reportagem fez. Mesmo assim, advogados pleitearam direitos de resposta”, disparou Bonner.