Bolsonaro promete perdão judicial a policiais do ônibus 174 e do massacre do Carandiru

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Todos os anos, baseado na Constituição Federal, o presidente do Brasil concede indulto natalino a alguns presos. Este indulto é um perdão judicial. A partir dele, a pessoa que estava presa zera suas dívidas com a Justiça e é colocada em liberdade.

O indulto natalino é diferente da saída temporária, que, como o próprio nome diz, significa a saída do preso para ficar apenas alguns dias em liberdade. Depois do período determinado, ele volta à prisão.

No sábado (31), durante almoço com jornalistas, Bolsonaro afirmou que irá conceder indulto a policiais envolvidos em três casos que repercutiram nacionalmente: o massacre do Carandiru, o caso de Eldorado dos Carajás e o sequestro do ônibus 174.

O massacre do Carandiru ocorreu em 1992, em São Paulo, no antigo presídio localizado na zona norte da cidade. Mais de cem detentos morreram na ação policial comandada pelo já falecido coronel Ubiratan Guimarães.

O caso de Eldorado dos Carajás, no Pará, deixou 19 mortos. Sem-terras marchavam em direção a Belém, capital do estado, quando houve um confronto com as forças policiais. Sessenta pessoas ficaram feridas.

No ano 2000, no Rio de Janeiro, um homem sequestrou o ônibus 174. Na ação policial, a professora feita refém dentro do coletivo morreu. O sequestrador foi preso e morreu a caminho da delegacia. Policiais o asfixiaram.

Bolsonaro argumentou que muitos policiais foram condenados por pressão da mídia e que sua lista de indulto teria nomes surpreendentes. “Os (policiais) que se enquadrarem no indulto, eu vou dar. Estou pedindo a policiais de todos os Estados uma lista de nomes, com justificativas”, explicou o presidente.