O estado de Minas Gerais tem enfrentado uma grave crise financeira. Por isso, o governador precisou tomar algumas medidas para tentar balancear os cofres públicos. Uma delas é o parcelamento de salários dos servidores públicos. No entanto, um procurador do estado chamou a atenção do público ao dizer que o salário de R$ 24 mil que recebe seria um “miserê”.
A gravação veiculada na mídia aconteceu no mês de agosto. A reunião discutia a proposta do orçamento do MPMG – Ministério Público do Estado de Minas Gerais para o ano de 2020. “Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil?”, disse o procurador Leonardo Azeredo.
O procurador-geral do estado, Antônio Tonet, teria informado que, caso Minas Gerais assine o acordo de recuperação fiscal com o governo, a classe vai ficar sem reajuste de salário. Inconformado com a notícia, o procurador mineiro, Leonardo Azeredo, acabou fazendo o desabafo que viralizou. O procurador ainda ressaltou que se padrão de vida havia baixado por causa do salário que vem recebendo.
Ele ainda citou que está economizando e até teria parado de gastar R$ 20 mil na fatura do cartão de crédito e os gastos teriam passado para R$ 8 mil. O procurador frisou que tem precisado viver à base de compridos antidepressivos. No entanto, o “miserê” recebido por Leonardo Azeredo é bem maior do que o informado em seu desabafo.
Através do Portal da Transparência do MP é possível ver que ele recebe uma cifra bem maior do que aquela que ele reivindicou. A média do salário dele é de R$ 60 mil líquidos ao mês. O valor tem incluído alguns benefícios, como indenizações e outras remunerações. A renda bruta dele é de R$ 35.462,22 e, com os descontos, cai para os R$ 24 mil.
Porém, algumas vantagens fizeram o salário do procurador aumentar a sua conta bancária. O mês de junho foi o maior, chegando a cifra de mais de R$ 50 mil, líquidos. O fato é que essas verbas extras não são consideradas para efeito de vencimento.