A morte precoce e inesperada da garotinha de oito anos, Ágatha Vitória, vem gerando grande indignação nas redes sociais. A pequena foi morta no complexo do Alemão, na noite desta última sexta-feira, 20 de setembro. Familiares e amigos estão indignados com a morte da criança.
Ághata foi baleada enquanto estava dentro de uma Kombi. Pessoas que presenciaram o fato relataram que policiais tentaram atirar em dois homens que estavam passando de moto, mas acabaram atingindo a menina.
“A kombi parou pra deixar um passageiro que tinha compras na mala. Foram tirar as compras da kombi quando passou uma moto. Falaram que eram dois homens sem camisa. Não sei se mandaram parar enquanto passou e o policial atirou, só que pegou na kombi onde tava minha sobrinha”, desabafou Danilo, tio da vítima.
Parentes e testemunhas contestam a versão apresentada pela Polícia. Eles afirmam que não havia nenhum confronto e que foi apenas um tiro que acabou atingindo a criança. Revoltados com a morte da garota, os parentes da vítima rejeitaram o auxílio do governo que queria arcar com as despesas do enterro.
Novo sofrimento
Além de ter que lidar com a dor causada pela perda da criança, os familiares estão enfrentando novo drama. O corpo da pequena não foi liberado pelo IML – Instituto Médico Legal, neste sábado, 21 de setembro. De acordo com os familiares de Ághata, a liberação não ocorreu por falta de funcionário.
O instituto precisava de alguém que soubesse operar o equipamento chamado de scanner corporal. O aparelho é parecido com o que é usado em aeroportos. Ele possibilita ver através da pele e também dos órgãos. O procedimento é necessário para averiguar se algum projétil ou fragmento da bala tenha ficado alojado no corpo. Por causa da falta de funcionário, o corpo somente vai ser liberado neste domingo (22).