Caso Raíssa: especialista afirma que garoto de 12 anos pode ter mesmo fim de Champinha

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A morte da menina Raíssa Eloá Capareli Dadona, de apenas nove anos, continua repercutindo e causando grande comoção. A garota autista foi morta no último domingo (29) e um menino de 12 anos confessou o crime.

Nesta quarta-feira (2), o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem em que ouviu especialistas e a opinião do procurador Paulo Afonso Garrido de Paula, coautor do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é que o garoto que confessou o crime tenha algum distúrbio psiquiátrico.

Segundo Garrido, mesmo se tratando de um garoto, a forma como o crime foi realizado mostra que pode haver um comprometimento psiquiátrico. O assassino confesso, cuja identidade não pode ser revelada, deve passar por avaliação psiquiátrica e psicológica.

Os detalhes do crime chamam a atenção. De acordo com a polícia, o garoto de 12 anos revelou que brincou com a vítima antes de matá-la a pauladas. O menor de idade já sofreu um duro castigo e foi apreendido.

De acordo com Garrido, o menor fica sujeito a pena máxima de três anos, mas esse tempo pode crescer. “(Ele) fica sujeito a alguma medida socioeducativa imprópria, como são chamadas na doutrina as relacionadas à saúde mental“, explica o procurador.

Em outras palavras, o menor pode ficar preso por tempo indeterminado. Foi o mesmo que aconteceu com Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que está preso desde 2003, quando tinha 16 anos e liderou o grupo que matou os estudantes Felipe Silva Caffé, de 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16.

Neste caso, segundo o advogado Ariel de Castro Alves, também ouvido pela Folha, a internação por medida socioeducativa seria suspensa e uma internação psiquiátrica seria decretada. Tudo depende do que os exames vão mostrar.