Guedes desmarca reunião com senadores após derrota na Previdência e refaz contas

PUBLICIDADE

Paulo Guedes, ministro da Economia, acabou cancelando boa parte de suas reuniões que aconteceriam nesta nesta quarta-feira (2) com senadores de diversos partidos. Isso ocorreu após a confirmação da derrota na reforma da Previdência, que ocasionou a retirada de cerca de R$ 76 bilhões de economia do texto da proposta.

Os senadores conseguiram aprovar o texto-base da PEC: Proposta de Emenda à Constituição, da reforma da Previdência nesta terça-feira (1º), em primeiro turno. Porém, o governo ainda não conseguiu deter a votação de destaques, uma proposta para mudança no texto.

Entre as mudanças, foi retirado o trecho aprovado pela Câmara que alteraria as condições do pagamento do abono salarial, e que possivelmente desfalcou a economia que poderia ser gerada com a proposta aprovada.

O ministro tinha reuniões marcadas com os senadores do PSD, MDB E PP. Para a equipe econômica, o MDB foi um dos responsáveis por não conseguirem uma vitória do governo no plenário do Senado.

O MDB é o principal partido do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, que nega qualquer participação do partido à então derrota do governo.

Oficialmente, o ministério disse que essas reuniões teriam sido canceladas para que o governo conseguisse fazer o fechamento da reforma do Estado, e ele ainda negou represália.

Assessores confirmam que as reuniões estavam marcadas porque previam que já começariam a tocar um pacto federativo após o primeiro turno das votações. Mas a agenda não foi cumprida porque os senadores precisavam acabar a votação nesta quarta-feira (2), e não poderiam tirar o foco do Senado.