O servente de pedreiro Júlio Ergesse foi condenado pela morte de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, que foi morta em junho do ano passado na cidade de Araçariguama, interior de São Paulo, depois de sair para andar de patins.
Júlio era uma das três pessoas que estão presas pelo crime. Somente ele foi julgado nesta segunda-feira, no Fórum de São Roque. O réu foi condenado e o desabafo do juiz responsável pelo julgamento do caso chamou a atenção.
“Rezo todos os dias pela Vitória. Esse foi o caso mais difícil da minha vida. Essa menina deveria ganhar nome de rua e ser homenageada todo dia. Ela deixou o DNA dela. Ela que deixou a prova para condenação”, afirmou o juiz Flávio Roberto de Carvalho.
Não é comum ver um juiz se abrindo dessa maneira diante de um caso de repercussão nacional. A atitude do profissional chamou a atenção.
O júri durou cerca de 11 horas e Júlio Ergesse foi condenado a 34 anos no total. Foram 18 anos de pena pelo homicídio, mais 1 ano e 6 meses por ter ocultado o cadáver e outros 3 anos por sequestro.
A pena chegou aos 34 anos devido aos qualificadores: motivo torpe, recurso que impossibilitou que a vítima se defendesse e meio cruel. A defesa do réu vai entrar com recurso. O advogado de Júlio afirmou que não concorda com a decisão porque, segundo ele, foi provado que o seu cliente não estava lá no evento da morte.
O casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes ainda será julgado. A data do julgamento deles ainda não foi marcado. A defesa entrou com recurso na Justiça para impedir que eles fossem a júri popular.