Caso Ágatha: laudo final revela quem deu o tiro que matou a menina

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A morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de oito anos, no Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, há dois meses, causou comoção nacional.

A estudante do ensino fundamental foi morta por um disparo de arma de fogo. O tiro que atingiu a menina foi dado quando a polícia tentava parar dois homens em uma blitz. Eles estavam em uma motocicleta e se recusaram a parar.

A tragédia que marcou para sempre a família de Ágatha e chocou todo o Brasil ocorreu no dia 20 de setembro. O enterro da menina, no dia seguinte, teve grande comoção e muito choro.

Desde então, havia uma guerra de informações sobre quem teria dado o tiro que acertou a criança. Nesta terça-feira (19), porém, o caso foi desvendado.

O inquérito da Polícia Civil sobre o caso, que deve ser enviado para a Justiça ainda nesta terça, informa que o tiro que atingiu e matou Ágatha partiu da arma de um cabo da Polícia Militar.

A identidade do PM envolvido no crime não foi divulgada. De acordo com o documento da Polícia Civil, houve falha de execução. O objetivo do policial que atirou era dar um “tiro de advertência” para que os dois homens em uma moto parassem na blitz.

De acordo com testemunhas, o cabo estaria sob forte tensão no dia do ocorrido. Três dias antes, ele havia perdido um colega. Por isso, o PM pode ter confundido a esquadria de alumínio que o homem que estava na garupa da moto carregava com uma arma de fogo.

O relatório feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que foi entregue à Delegacia de Homicídios (DH), apontou que fragmento de projétil encontrado no corpo da menina era idêntico ao do cano do fuzil usado pelo cabo da PM.