Muitos críticos de televisão e fãs de Augusto Liberato ficaram indignados com o descaso do SBT na cobertura do funeral do apresentador que por muitos anos foi um dos maiores nomes da emissora. Enquanto Record, Bandeirantes e até a Globo separaram longos períodos de suas grades para acompanhar o velório de Gugu, o SBT continuou com sua programação normal.
A equipe de jornalismo do SBT até foi deslocada para a Assembleia Legislativa de São Paulo na última quinta-feira (28/11), dia que se iniciou a despedida de Gugu. No entanto Silvio Santos, dono da emissora, deu uma ordem para que a programação não explorasse a morte de seu antigo pupilo. Os motivos para esse veto vão do respeito da família Abravanel a Gugu Liberato que praticamente fazia parte da família, até um arrependimento de Silvio Santos por outras coberturas que extrapolaram a sensibilidade da morte em sua visão.
Uma das coberturas que fez Silvio repensar o que vale a pena em nome da audiência foi em 2012 a despedida a Hebe Camargo, outra apresentadora que se tornou um grande símbolo do SBT. Na época a emissora dedicou uma boa parte de sua programação e teve a presença de Silvio Santos como um grande marco. Dois anos depois o SBT repetiu a dose com o funeral de Roberto Bolaños, intérprete do personagem Chaves que há mais de 30 anos faz sucesso na emissora. Na despedida de Chaves o SBT alcançou a liderança isolada na audiência.
Essas coberturas dramáticas foram o estopim para Silvio, que reclamou muito a seus executivos e disse que não queria mais esse tipo de exploração da morte alheia em nome da audiência. A partir desse episódio a ordem de de Silvio foi cumprida nos anos posteriores, mas dentro da própria emissora se acreditava que o veto cairia com a morte de Gugu devido a importância do mesmo dentro do SBT. O que de fato não se confirmou.
Mesmo não cobrindo o velório e sepultamento de seu antigo apresentador, o SBT dedicou todo um Domingo Legal em memória a Gugu Liberato.