A pequena Karine, de apenas um ano e 11 meses, morreu após receber um diagnóstico médico errado. A criança foi atendida em um hospital público da cidade de Araguaína, que fica localizada na região norte do estado de Tocantins. Ao notar que a filha estava adoecida, a mãe buscou o atendimento no local, e lá os médicos disseram que a garota tinha uma simples infecção de garganta.
Após a sua morte, uma análise feita pelo Instituto Médico Legal (IML) constatou que Karine tinha na verdade contraído dengue hemorrágica, a forma mais agressiva da contaminação por vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Todavia, no hospital, a criança foi medicada com remédios para infecção, sendo negligenciada sua real condição. O resultado foram 16 paradas cardíacas antes do falecimento.
Em entrevista para a TV Anhanguera, Gardênia, mãe de Karine, recorda com pesar a maneira pela qual sua filha foi recepcionada, ao dar entrada na unidade médica: “Chegando lá ela passou por triagem, botaram a pulseira amarela nela. Quando vieram atender era onze e pouco. Aí atendeu, ela [médica] não examinou ela corretamente e falou que ia passar uma dipirona na veia da neném e um soro pequenininho“, lembra.
A família afirma que houve negligência médica. Karine recebeu alta no mesmo dia em que deu entrada no hospital, e voltou para casa. Entretanto, Gardênia diz que ao longo do dia a filha foi piorando, e ela resolveu retornar para a unidade de saúde. Ao receber novas medicações, prescritas erroneamente, a saúde da criança foi se debilitando cada vez mais.
O caso circula pelo Ministério Público Estadual, e a família contratou uma advogada para buscar justiça. O argumento é de que tenha havido negligência, uma vez que a médica plantonista possuía totais condições de precisar um diagnóstico correto, mas não o fez.