O presidente de República Jair Bolsonaro declarou na noite desta terça-feira (14), que o salário mínimo vigente no país terá um novo reajuste para o ano de 2020. A mudança recompõe a perda sofrida por conta da inflação do ano passado, que esteve em 4,48%, e valerá a partir de primeiro de fevereiro, sendo feita através de uma nova Medida Provisória.
Com isso, o piso salarial sofrerá um acréscimo de R$ 6, passando dos R$ 1.039 fixados anteriormente para R$ 1.045. Jair Bolsonaro se reuniu com Paulo Guedes, ministro da Economia, no edifício da pasta para tratar os detalhes relativos à mudança.
O presidente destaca que o acumulado da inflação de dezembro contrariou as expectativas do Planalto, sendo uma situação “atípica”. Ele culpou o aumento repentino do preço da carne no país, e destaca que, com a mudança, o valor do salário mínimo é mantido proporcionalmente à quantia vigente em 2019.
Por conta do recesso parlamentar, Jair Bolsonaro explica que a opção do aumento via Projeto de lei não seria votado a tempo: “Tem que ser uma nova MP. A partir de 1 de fevereiro um PL não atingiria, não seria votado”.
Com relação às aposentadorias, os benefícios maiores do que o salário mínimo sofrerão reajuste de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que em 2019 fechou na casa dos 4,48%.
Diante disso, os aposentados que recebem benefício acima do piso sofrerão um reajuste maior do que o do salário mínimo. Em 2020, o governo havia anunciado inicialmente um aumento de 4,10%, passando de R$ 998 para R$ 1.039, e reajustado pelo presidente ontem para R$ 1.045.