Bolsonaro quer liberar a Pílula do Câncer: entenda motivo de toda polêmica

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Nesta última quarta-feira (15), Jair Bolsonaro criticou a decisão do STF – Supremo Tribunal Federal, de ter proibido a pílula do câncer, sendo que o uso foi autorizado por lei aprovada no Congresso e depois sancionada pela ex-presidente Dilma, pouco antes de seu impeachment no ano de 2016.

O presidente deu uma entrevista ontem e disse que, na época em que era deputado, votou pela liberação do medicamento, que é usado para tratar pacientes em estado terminal. Só que o Supremo barrou a decisão, uma vez que não haveria comprovação da eficácia da Pílula do Câncer.

Tem certas coisas que não dá para esperar“, disse Bolsonaro, alegando que a Anvisa não pode ficar protelando as pautas que são do interesse de todo país. Em março de 2016, o Senado aprovou o projeto de lei e, algumas semanas depois, Dilma sancionou (mas após três dias ela sofreu um impeachment).

Em maio de 2016, o STF decidiu suspender a lei que autorizava o uso da Pílula do Câncer. Quem fez a solicitação foi a Associação Médica Brasileira, pois a AMB se mostrou contra a produção do medicamento e a justificativa é de que não havia comprovação científica e não foram realizados estudos clínicos suficientes.

Gilberto Orivaldo Chierice, o criador da Pílula do Câncer, morreu em 2019, aos 75 anos. Ele era professor aposentado do Instituto de Química da USP em São Carlos e foi quem desenvolveu a fosfoetanolamina sintética na década de 80.

O senador Ivo Cassol (Progressistas-RO) procurou Jair Bolsonaro para que ele libere junto ao STF o medicamento para que as pessoas que lutam contra o câncer possam fazer uso das pílulas.