Atrás das grades: Maju e o poder da Justiça brasileira

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A jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, é um dos nomes mais conhecidos da TV. Ela sentiu o poder da justiça brasileira nesta segunda-feira, 9 de março, quando dois homens foram condenados pelo TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). Os homens foram condenados por racismo contra a própria hoje apresentadora do Jornal Hoje. É o que mostra uma matéria publicada pelo portal de notícias UOL. 

Erico Monteiro dos Santos foi condenado a seis anos, enquanto Rogério Wagner Castor Sales recebeu pena de cinco anos. A pena de racismo, no entanto, será cumprida em regime semiaberto. Em muitos casos, o preso pode até dormir em casa e só comparecer à justiça em datas organizadas. Em outras oportunidades, no entanto, o condenado é obrigado a dormir na cadeia. 

Os condenados pelo crime de racismo contra Maju, no entanto, ainda podem recorrer da decisão. O juiz do caso, Eduardo Pereira Santos Júnior, ao dar sua sentença, chegou a dizer que tamanhos atos dos condenados eram “enojantes”. 

“O ataque racista, desse modo, não estaria restrito a um gueto ou ao submundo da internet no qual transitavam os acusados. Ao atacar figura pública emblemática, os réus visavam – e de alguma forma obtiveram – ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas”, diz o juiz lembrando que Maju não era só uma pessoa comum, mas alguém de relevância e que atacá-la, de certo modo,  acabava atacando também outras pessoas negras.  

Lembrando que, em 2015, quando ainda era garota do tempo do Jornal Nacional, Maju foi alvo  das ofensas. Ela ainda não comentou a decisão judicial.