A situação na Itália diante do coronavírus registra imagens que não eram vistas desde a segunda guerra mundial. No distrito de Bérgamo, por exemplo, um cemitério precisou ser fechado devido à possibilidade alta de contaminação e por não dar mais conta de tantos corpos. Por isso, a única forma de eliminar os cadáveres é através da cremação, que é o ato de queimar esses cadáveres, até que eles se reduzam à apenas cinzas.
O problema é que o distrito italiano tem apenas um crematório, que consegue fazer 25 cremações por dia, mesmo funcionando 24 horas. A solução para o governo é bastante triste. Os corpos sobressalentes, que não conseguem serem enterrados ou cremados, estão sendo estocados em caminhões do Exército. Uma imagem divulgada pelo mundo inteiro mostra uma longa fila de caminhões.
Esses caminhões estão carregados com os caixões e seus respectivos corpos, aguardando a possibilidade de cremação. Só na quarta-feira, 18 de março, a Itália registrou, em 24 horas, quase 500 mortes.
Os caixões ficam na fila, até que outros crematórios, de lugares que tenham essa capacidade nesse momento, aceitem que eles sejam descolocados. O problema é que mesmo assim a demanda é tão alta que esses corpos podem aguardar por dias, até que um fim a eles seja dado.
O prefeito da cidade onde a imagem foi feita diz que o número de mortos é bem maior do que os dados oficiais, já que muitas pessoas que faleceram na cidade não passaram pelo exame de coronavírus, pois lá, assim como no Brasil, não há testes para doença. Aqui no país, já são cinco mortes da doença.