Governador de Minas Gerais decreta estado de calamidade pública

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Nesta sexta-feira (20), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema enviou um decreto para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) instituindo estado de calamidade pública, estabelecendo medidas para o funcionamento de locais públicos, transporte público e o sistema de educação.

Através de anúncio ao vivo em suas redes sociais, Zema admitiu que sua decisão se sobrepõe a dos prefeitos de 853 municípios, que até então tinham alvará para estabelecer essas medidas.

Com 38 casos confirmados até agora e mais de 4 mil que ainda esperam confirmação de exames, a situação em Minas Gerais justifica as ações. De acordo com o Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral, a preocupação é que o sistema de saúde não seja capaz de suportar a quantidade crescente de possíveis pacientes infectados pelo Covid-19.

Mateus Simões, Secretário-Geral de Governo, aproveitou para reforçar que eventos públicos com mais de 30 pessoas estão proibidos, o que inclui as atividades de clubes, cinemas, salões de festa e até museus e bibliotecas.

A decisão afeta diretamente o comércio, á que a partir da próxima segunda-feira (23) apenas estabelecimentos vitais como padarias, supermercados e farmácias estarão abertos.

O transporte interestadual também será afetado, com ônibus e trens impedidos de sair ou entrar no estado. Por enquanto, apenas os aeroportos continuarão funcionando, já que essa decisão cabe ao governo federal.

As escolas também estarão fechadas até segunda ordem, tanto as instituições estaduais quanto as privadas. Zema chegou a afirmar que as aulas presenciais serão substituídas pelo sistema de ensino à distância ou com atividades específicas, com empréstimo de livros didáticos para os alunos que não possuem internet.