A Europa vem sendo o epicentro global do novo coronavírus, e na França a situação é calamitosa. Quem vem enfrentando o problema no front de batalha estão sendo os policiais, mas de acordo com o noticiário internacional, os trabalhadores estão cogitando a hipótese de suspenderem suas atividades, caso o governo do país não atenda suas exigências de proteção contra o agente infeccioso.
O que os policiais querem é que as viaturas e os uniformes recebam a proteção adequada que o momento exige. Caso isso não ocorra, eles irão sair das ruas. O direito é garantido pela constituição da França, que diz: “Quando a situação de trabalho se mostra como um perigo grave e iminente para a vida ou a saúde, o trabalhador pode deixar seu posto de serviço ou se recusar a exercer sua função sem o acordo do empregador”.
A justificativa usada pelos policiais é que faltam máscaras, luvas, álcool em gel dentre outros acessórios de proteção. Além disso, eles estão proibidos pelas autoridades de fazerem o uso de máscaras durante as abordagens. O material só é permitido caso haja indícios de que o paciente esteja contaminado, ou diante de expressa autorização.
Isso coloca os policiais em um grande risco, tendo em vista que são eles os responsáveis pela inspeção do confinamento da população. Diante de todo este contexto, o sindicado da categoria pretende usar o seu “direito de se retirar”, previsto na Constituição, enquanto a situação não estiver sido solucionada.
Benoît Barret, secretário-nacional do sindicato policial Alliance, falou em entrevista à BFMTV que os policiais sofrem perigo, diante da situação explosiva que está sendo vivida nas ruas da França, embora as autoridades insistam em não compreender o risco.