Após reforçar seu discurso na manhã de quarta-feira, 25, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou não estar nem aí para a queda de popularidade, pois, segundo palavras do chefe de Estado, ele tem uma missão de quatro anos para cumprir, dando a entender que gostando ou não dele, ele é o presidente até 2022 e nada pode mudar isso.
Em entrevista regada a ataques a imprensa e governadores, diante do Palácio da Alvorada, o presidente ainda enfatizou sobre uma possível reeleição: “Se vai ser oito (anos), a gente vai ver em 2022. Deus e o povo vão decidir”.
O presidente ainda salientou que em “linha” com ele está o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pensa da mesma maneira sobre acabar com a quarentena e deixar isolado somente grupo de risco. Nos Estados Unidos, entretanto, o presidente estadunidense defende o fim da quarentena após a Páscoa, que ocorre daqui três semanas.
Bolsonaro ainda reforçou a mesma imagem de autoconfiança de quando ainda era candidato a presidente: “Nós temos que tomar decisões neste momento difícil. Não é eu procurar a mídia e ter um discurso de calamidade, de histeria, como se eu fosse o pai de todos os brasileiros. Eu sou pai, entre aspas, para conduzir o destino do Brasil”.
A declaração apenas reforçou mais o descontentamento da classe política com o presidente, que também foi criticado pela imprensa internacional, já que foi o único presidente a ir na contramão das recomendações da OMS e incentivar o fim da quarentena em meio a pandemia.