As grávidas estão com um grande medo nos dias que antecedem o dia mais importante de suas vidas: dar à luz. Elas estão com receio do parto solitário e fazem um desabafo em meio a pandemia do coronavírus e o período de incertezas que paira no ar.
Quem falou um pouco de sua experiência foi Débora Miranda, de 34 anos de idade, que não teve ninguém segurando as suas mãos no nascimento do pequeno Théo, no último dia 20 de março. O parto foi realizado em um centro cirúrgico bastante gelado sem ninguém da família por perto.
Um dos momentos mais simbólicos do parto, o corte do cordão umbilical, não foi feito por seu marido como eles tinham planejado desde o início da gestação, ele conheceu o seu herdeiro somente quando ele já estava no berçário.
Devido a pandemia do novo coronavírus, dar à luz, se tornou um verdadeiro ato de incerteza que tem gerado um grande temor nas gestantes não só do Brasil, mas do mundo.
Um exemplo desse receio é de Thayane Moreira Vieira, que tem 29 anos de idade, e está na vigésima sexta semana de gestação. Em vez de apreciar os momentos da gestação, como os chutes do neném, ela está ansiosa devido ao parto e tudo o que pode acontecer com ela e com o bebê, além de ficar muito preocupada com os avós da criança.
“Tenho receio de ficar doente por diversos motivos. Mesmo que se fale que não acontece nada com a bebê, fico preocupada. Além disso, não podemos tomar qualquer medicação. Não saímos nem para comprar pão. Tenho feito visitas aos meus avós, vou até a janela da casa deles, mas não entro. De longe, eles veem minha barriga”, desabafa a gestante.