A pandemia mundial causada pelo novo coronavírus começa a ocasionar pequenos colapsos em alguns estados brasileiros. No Ceará, 1.747 casos foram registrados até a noite deste domingo, 12 de abril. Recentemente, duas mortes pela Covid-19 foram confirmadas no estado.
A médica Mariana Chaves, com 12 anos de experiência em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), decidiu trabalhar de graça para atender pessoas que contraíram o coronavírus neste momento complicado para a saúde pública e privada.
Mariana é do Ceará e se alterna em plantões de 6 e 12 horas. Os mais longos acontecem durante a noite. A endocrinologista conta que chega a atender 10 pacientes por dia e, mesmo com turnos cansativas, atender os que mais precisam “supera tudo“
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Mariana tirou uma foto em que mostra seu rosto com marcas profundas dos EPIs (‘Equipamentos de Proteção Individual). A médica conta que os equipamentos são bem presos e que contém bases de metais, o que causam as marcas.
“A máscara tem que ser bem vedada, e como tem uma estrutura de metal, acaba marcando o rosto. O face shield, que é maior, dá muita dor de cabeça“, disse a médica.
Durante os plantões, Mariana disse que ela e seus colegas não podem comer, ir ao banheiro e nem ao menos beber água. As pausas emergenciais só ocorrem caso aconteça algum acidente que rasgue a roupa, precisando trocá-la imediatamente.
Nos plantões noturnos, os médicos tem uma pequena pausa e podem tirar a roupa para descansarem.
Todos os profissionais da saúde estão sendo extremamente importantes neste momento. Na maioria dos casos, os mesmos se colocam em risco para salvarem outras vidas.
