O site do Jornal Folha de São Paulo publicou, na madrugada desta quinta-feira, uma informação importante sobre o que fez atrasar a liberação do calendário de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial.
O governo prometeu que o repasse da segunda parcela ocorreria nos dias 27, 28, 29 e 30 de abril, o que não aconteceu. Muitos chefes de família estão sem trabalhar devido à pandemia do coronavírus, e o dinheiro do auxílio está sendo a única renda atualmente. Para muitos brasileiros é o único dinheiro que está levando comida à mesa da família.
Falta de cédulas travou o pagamento da segunda parcela
Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que o problema está na escassez de cédulas de dinheiro, o que está impossibilitando o pagamento dos R$ 600 aos trabalhadores informais que foram aprovados para receber o auxílio. A falta de cédulas inviabiliza a operação do sistema bancário, portanto, falta dinheiro em espécie para que o cronograma seja liberado e cumprido sem eventuais problemas.
Agora é o governo que precisa correr contra o tempo. A reportagem informou que, para suprir a demanda, a Casa da Moeda recebeu um pedido especial do Banco Central para antecipar a produção do que corresponde a R$ 9 milhões.
Em nota, o BC informou que há entesouramento – quando o dinheiro fica parado na mão das pessoas– por causas de saques para formação de reservas financeiras, diminuição do volume de compras no comércio e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios não retornou à economia ainda.
O prazo para a confecção das cédulas deve durar até o final deste mês, mas isso não quer dizer que o calendário só sairá após este prazo.
O Ministério da Cidadania, que é responsável pela gestão do programa, não deu previsão de quando o calendário será divulgado. Havia informação de que a divulgação ocorreria na tarde da última terça-feira, mas infelizmente nada foi informado.