Os números do coronavírus até o momento somam aproximadamente 4,3 milhões de contaminados em todo o planeta, além de cerca de 300 mil mortos em decorrência de complicações provocadas pelo agente infeccioso. Apesar disso, para o cientista-chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Soumya Swaminathan, o pico da pandemia ainda não foi atingido, e será enfrentado pela humanidade no decorrer dos próximos meses.
Essas e outras declarações sobre a pandemia foram emitidas pelo especialista durante um debate promovido pelo jornal Financial Times. Swaminathan prossegue especulando que possam ser necessários cerca de cinco anos para que o coronavírus possa ser definitivamente controlado.
Na melhor das hipóteses, esse prazo poderia ser reduzido para, no mínimo, dois anos, o que dependeria de uma série de fatores. O cientista elenca para tal o desenvolvimento de uma vacina adequada e a solidariedade global, a fim de que possa haver ampla distribuição da medicação em todo o planeta.
Algo que preocupa os cientistas, conforme explica Swaminathan, é a capacidade de mutação genética do agente infeccioso. A situação acaba por postergar ainda mais o desenvolvimento de uma vacina eficaz, desperdiçando todos os estudos construídos até agora.
Outra grande preocupação elencada pelo cientista-chefe da OMS é a progressiva retomada da rotina habitual, com a gradativa flexibilização da pandemia. Esforços estão sendo desenvolvidos em todo o planeta para tal, a fim de que os reflexos já provocados pela crise não se mostrem ainda piores e mais agressivos.