Delegado da PF avisou filho de Bolsonaro sobre operação que poderia ter interferido nas Eleições 2018

A denúncia foi feita pelo empresário e braço direito de campanha de Bolsonaro, Paulo Marinho.

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Uma fonte, que até pouco tempo atrás era considerada leal à família presidencial, acaba de divulgar uma acusação grave. O empresário e suplente de senador, Paulo Marinho, decidiu liberar informações cruciais para que uma nova investigação aconteça; dessa vez, envolvendo não só o presidente da República e seu filho, Flávio Bolsonaro, mas também Queiroz e sua filha, Nathália.

Marinho foi um dos principais apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro e estava bem próximo à família durante toda a corrida eleitoral. Segundo o empresário de 68 anos, um delegado da Polícia Federal, que ainda não foi identificado, teria vazado informações sobre a deflagração da Operação Furna da Onça, que prendeu vários parlamentares do Rio de Janeiro, em novembro de 2018 – poucos dias após o resultado da eleição presidencial.

O delegado teria tentado entrar em contato com o senador Flávio Bolsonaro, por telefone, mas não conseguiu. Ainda de acordo com Marinho, o chefe de gabinete do parlamentar, Coronel Miguel Braga, o advogado Victor Alves e a ex-presidente do PSL no Rio, Val Meliga, teriam encontrado esse delegado, que passou informações sobre como estava o andamento da operação.

Vai ser deflagrada a operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz (Nathalia), que trabalha no gabinete do Jair Bolsonaro (que ainda era deputado federal) em Brasília”, contou o delegado, segundo a acusação de Marinho.

Nós vamos segurar essa operação para não detoná-la agora, durante o segundo turno, porque isso pode atrapalhar o resultado da eleição (presidencial) ”, alertou o delegado, conforme os relatos de Paulo Marinho.

A Polícia Federal abrirá nova investigação para apurar o vazamento. Flávio Bolsonaro se poscionou, negando as acusações e dizendo que tal acusação não passa de invenção de gente desesperada.