A facada que o então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro recebeu no dia 7 de setembro de 2018, durante ato de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, continua repercutindo. Para muitos, Bolsonaro venceu a eleição por causa da comoção causada pela facada.
O autor da tentativa de assassinato foi Adélio Bispo, que segue preso. A Polícia Federal investiga o caso e, publicamente, Jair Bolsonaro já cobrou a resolução do caso. Apoiadores do presidente acreditam que houve mandantes para Adélio tentar matar o então candidato à presidência.
No Jornal Hoje desta quinta-feira (21), a jornalista Maju Coutinho revelou um detalhe surpreendente sobre o episódio. De frente com a câmera, Maju afirmou que a Polícia Federal ouviu mais dois delegados no inquérito que apura suposta interferência política de Bolsonaro na PF.
“Ao contrário do que o presidente afirmou diversas vezes em público, o superintendente de Minas Gerais, Cairo Costa Duarte, e o delegado Rodrigo Morais disseram que o presidente não demonstrou qualquer insatisfação com o andamento do inquérito sobre a facada de que foi vítima, durante a campanha eleitoral de 2018”, afirmou Maju Coutinho.
Em outras palavras, o que os delegados disseram em depoimento é que Bolsonaro tem atitudes distintas. Em público, ele faz coro aos seus apoiadores e cobra explicações sobre quem o mandou matar. Internamente, porém, ele não reclama da investigação da PF, que apontou que Adélio Bispo agiu sozinho, sem estar a mando de grupos políticos, terroristas ou facções criminosas.