O ministro da Economia, Paulo Guedes, está avaliando a possibilidade de reduzir o valor do auxílio emergencial para R$ 200, após o pagamento da terceira parcela. O objetivo do pupilo de Bolsonaro é que o programa seja reduzido de forma gradual.
O ministro mencionou o valor em uma reunião que aconteceu na última terça-feira, 19 de maio. Na ocasião, Guedes disse que é preciso “suavizar a queda” do pagamento do benefício. O ministro também negou, quando questionado, se pretende estender o programa por tempo indeterminado. Segundo ele, não há espaço fiscal para isso.
Muita gente poderá ser cortada do benefício depois da 3ª parcela
A redução de R$ 600 para R$ 200 seria o primeiro passo para o fim gradual do auxílio. Também é estudado a possibilidade de incorporar o programa em outra plataforma de auxílio, mas nada ainda ficou definido.
Outra questão que também está em análise é a redução de beneficiários do programa. O Governo pretende definir um público mais específico, e com isso, o valor total do programa seria reduzido, já que vários brasileiros sairiam da lista de aprovados.
Projeto original seria com pagamento de R$ 200
Vale lembrar que a versão original do projeto previa que o pagamento do benefício aos brasileiros afetados pela crise do coronavírus fosse de R$ 200, baseado na semelhança do repasse que é feito hoje pelo Bolsa Família. Durante votação no Congresso, o valor foi ampliado para R$ 500. O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo, fechou acordo e aumentou para R$ 600.
Um interlocutor revelou ao jornal O Globo que a intenção do ministro ao propor R$ 200 no início do projeto seria para que o benefício fosse pago durante vários meses. Quando sugeriu esse valor, estimava-se que 30 milhões de brasileiros teriam direito ao benefício, mas Guedes viu dobrar a quantidade de beneficiados quando o valor subiu para R$ 600.