A torcida do Internacional esperou por muitos anos para ver a equipe conquistar a Copa Libertadores da América. Considerando que o Grêmio foi campeão em 1983, a espera foi de ao menos 23 anos. Em 2006, o Colorado pintou a América de vermelho e ergue a taça em uma conquista épica.
O Internacional enfrentou um rival de peso na decisão, o tricampeão São Paulo, à aquela altura o time brasileiro com mais conquistas e campeão do ano anterior. A equipe paulista vinha embalada, mas não foi páreo para o Inter. No Morumbi com mais de 70 mil pessoas, o Colorado venceu por 2 a 1. Rafael Sóbis brilhou naquela noite.
No jogo seguinte, Beira-Rio lotado, pintado de vermelho. O empate por 2 a 2 foi o suficiente para a conquista do Inter. A festa varou a madrugada. A conquista histórica mexe com os ânimos dos torcedores. Os que estavam no Beira-Rio não queria sair. Por outro lado, aqueles que não estavam no estádio tomaram a Avenida Goethe, ponto tradicional de comemoração em Porto Alegre, em cerca de três minutos após o fim da partida.
“Os bares Kripton e Twister foram os pontos mais movimentados e a esquina da rua Liberdade chegou a ser fechada durante a partida”, escreveu a edição do jornal Zero Hora do dia seguinte. Em texto publicado por Gabriel Brust e Rodrigo Müzell, também na Zero Hora, fica possível imaginar como a festa foi alucinante.
“Nas cercanias do Beira-Rio, torcedores ficaram de joelhos ao saírem do portão 8. Outros dançavam no estacionamento ao som de Poeira, de Ivete Sangalo. O congestionamento tomou conta da região”, escreveram os jornalistas. Aquele era o título que faltava para o Colorado. Meses depois, como todos se lembram, o Inter conquistou o Mundial de Clubes ao derrotar o Barcelona.