Na província de Guangdong, pesquisadores chineses fizeram uma importante descoberta, pois conseguiram isolar uma amostra viva do novo coronavírus que estava nas fezes de um paciente que veio a óbito em decorrência do novo coronavírus.
Este estudo foi divulgado no Emerging Infectious Diseases, onde é revelado que esta pesquisa contou com amostras de vezes de dezenas de pacientes, sendo que 12 deles apresentaram resultado positivo para a Covid-19.
Os pesquisadores separaram três desses indivíduos e começaram as tentativas com o objetivo de que fosse isolado o patógeno. Em dois isso foi possível, indicando que a presença desse vírus com alto poder de infecção ‘pode ser uma manifestação comum’ desta doença.
Essa não foi a primeira vez que esse tipo de transmissão é investigada, pois no início do ano o periódico JAMA divulgou um estudo onde foram encontrados traços do novo coronavírus no cocô de pacientes chineses.
Essa pesquisa apontou que essas pessoas vieram a apresentar diarreia além de náusea alguns dias antes de terem febre e começarem a ter dificuldade para respirar.
Raquel Muarrek, infectologista da Rede D’Or, disse ao portal UOL que esse tipo de transmissão faz sentido sim, já que o novo coronavírus ‘anda’ pelo trato intestinal, sendo assim ele pode muito bem ser eliminado pelas fezes do paciente.
Mas esse mesmo estudo aponta que a contaminação por contato fecal-oral ou então por fecal-respiratório pode acontecer através de aerossóis fecais, que é uma espécie de ‘nuvem de cocô’, vindo a infectar outras pessoas.