A OMS – Organização Mundial da Saúde, suspendeu os estudos com a hidroxicloroquina para pacientes contaminados pela novo coronavírus. De acordo com a Organização, é preciso reavaliar a segurança do medicamento antes que as pesquisas sejam retomadas.
Essa decisão foi tomada logo após a revista científica Lancet divulgar uma pesquisa que foi realizada com 96 mil pacientes internados com a Covid-19 em centenas de hospitais.
Essa pesquisa mostrou que a hidroxicloroquina e também a cloroquina estão ligadas a um risco maior e arritmia e até mesmo de morte.
Os responsáveis por esse estudo são os cientistas das universidade de Heart Center na Suíça e de Harvard nos Estados Unidos. Outra revelação feita pelos pesquisadores é de que o medicamento não trouxe nenhum benefício para os pacientes com a Covid-19.
Apesar desta decisão da OMS, o medicamento foi liberado no Brasil pelo Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, devido à insistência do presidente Jair Bolsonaro, que foi contra a comunidade científica.
“Estamos muito tranquilos a despeito de qualquer entidade internacional cancelar seus estudos com a medicação. Seguimos no ministério da saúde, na secretarias especializadas acompanhando todos os estudos no mundo“, disse Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. Em relação ao estudo publicado pela Lancet, Mayra afirma: “não se trata de ensaio clínico, é apenas um banco de dados coletado de vários países. Isso não entra como critério para servir como referência“.
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), já entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República, solicitando ao procurador Augusto Aras que tome uma atitude contra o protocolo adotado pelo Ministério da Saúde em relação ao uso da cloroquina.