Neta mantém corpo da avó em freezer por 16 anos para continuar recebendo aposentadoria

De acordo com a acusada, a decisão foi tomada pois precisava do dinheiro do benefício para sobreviver.

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Na última quarta-feira (27), uma mulher foi presa no estado da Pensilvânia (Estados Unidos) após investigações apontarem que ela mantinha o corpo da própria avó dentro de um freezer durante pelo menos 16 anos. O intuito da acusada era manter o cadáver inteiro, a fim de receber os pagamentos previdenciários da idosa.

De acordo com o jornal americano The Philadelphia Inquirer, Cynthia Black, de 61 anos, recebeu mais de US$ 186 mil (cerca de R$ 991 mil) do Governo Federal em cheques destinados a Glenora Delahay. Em depoimento prestado para as autoridades, a neta disse que a familiar havia falecido no ano de 2004, aos 97 anos de idade.

As causas da morte da idosa não foram esclarecidas, mas a mulher afirma que encontrou o corpo caído no chão, dentro do imóvel em que moravam juntas. Diante da cena, teve a ideia de escondê-la dentro do freezer no porão da casa, pois precisava do benefício de US$ 1.765 (cerca de R$ 9.407 por mês) para que conseguisse sobreviver.

No ano de 2007, a família se mudou de Ardmore, onde a idosa faleceu, para Dillsburg, em uma distância de aproximadamente 160 quilômetros. Para continuar com o plano de burlar o pagamento do benefício, Cynthia Black levou o freezer com o corpo da avó para a nova casa. Segundo ela, o dinheiro havia sido usado neste período para o pagamento da hipoteca da casa.

Em 2018, Cynthia Black abandonou a casa. O corpo de Glenora Delahay só foi descoberto em fevereiro de 2019. Duas mulheres foram visitar a casa de Dillsburg – que era de propriedade da uma empresa de hipotecas – e se depararam com o freezer repleto de restos esqueléticos, pertencentes à idosa.

A acusada responde agora por roubo, posse ilegal, recebimento de bens roubados e abuso de um cadáver, estando à disposição da severa Justiça estadunidense.