Um assassinato de uma menina de apenas 14 anos de idade chocou o Irã por conta da barbaridade do caso, considerando ainda que estamos em pleno ano de 2020, com diversas mudanças em religiões e flexibilizações de regras rígidas.
A adolescente Romina Ashrafi fugiu de sua casa, que fica na província de Guilán, no Irã, com seu namorado de 35 anos de idade depois que o pai dela foi contra a aprovação desse casamento com o homem que é 21 anos mais velho do que ela.
Porém, o casal foi localizado pela polícia e a jovem foi levada para a sua casa, mesmo afirmando que estava temendo por sua própria vida. Seus temores foram infelizmente confirmados dias depois, uma vez que ela foi assassinada por seu próprio pai.
O pai dela decapitou-a e depois de se render para a polícia disse que era um ‘crime de honra’, uma prática que tem persistido em vários setores sociais do país, sendo praticada por pessoas das famílias alegando que os membros danificaram a honra ou o prestígio da casa. O crime em questão foi muito repercutido nos meios de comunicações do Irã.
Segundo um portal de notícias iraniano, o pai da adolescente cometeu o crime e saiu de sua casa ainda com o objeto manchado com o sangue da sua filha, dizendo que se tratava de um crime de honra.
O homem que cometeu o assassinato não demonstrou nenhuma hesitação, dizendo que ela desobedeceu e traiu a família. Os sites e jornais do Irã noticiaram incessantemente esse caso afirmando e lamentando que a legislação do país que visa proteger mulheres e meninas está fracassada.