A família da enfermeira Larissa Estiknol Espindola, de 30 anos, está desolada. Na madrugada de sábado (30), ela corria ao lado do noivo, Francisco Júnior, de 31, às margens da RS-030, quando foi atropelada por um carro que fugiu sem prestar socorro. O noivo, que é policial militar, não foi atingido.
O casal estava entre Osório e Tramandaí, a cerca de um quilômetro da casa onde moravam. Eles terminavam uma corrida de 50 quilômetros. Larissa morreu, mas sua história de luta e superação não será esquecida pelos familiares e amigos.
Em 2011, Larissa recebeu uma notícia triste, após consultas médicas. Ela foi diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin – câncer que atinge as células de defesa do organismo. Depois de luta intensa contra a doença e com apoio total da família, a jovem venceu o câncer.
A partir daí, ela começou a correr atrás de outros sonhos. No ano passado, ela se formou em Enfermagem na Faculdade Cenecista de Osório (Unicnec). Larissa morreu sem participar da festa de formatura. Inicialmente, o evento seria em março, mas devido a pandemia do novo coronavírus, foi adiado.
Além da vida profissional, a vida pessoal também caminhava muito bem. Larissa iria morar com o noivo na casa que conquistaram em julho do ano passado. O sonho de ter filhos e construir uma linda família foi encerrado com o atropelamento e morte. Larissa deixou os pais, Rogério e Célia, e uma irmã, Danielli, além do noivo e muitos amigos.
O prefeito da cidade de Osório, Eduardo Abrahão, usou as redes sociais para lamentar a morte de Larissa. Ela era servidora municipal e integrava a equipe de saúde do município. “Descanse em paz, Larissa”, escreveu o prefeito.