O fim da noite de segunda-feira surpreendeu muitos brasileiros que estavam acompanhando as notícias no Twitter. O grupo de hackers brasileiros, intitulados Anonymous Brasil e vinculados ao Anonymous, vazou diversos documentos com dados sigilosos do presidente da república Jair Bolsonaro e seus aliados.
Os documentos foram todos postados no site Pastebin, mas cerca de uma hora depois todos os anexos saíram do ar. Nas postagens tinham informações sigilosas do presidente, dos seus filhos e de alguns aliados, como o dono da Havan, Luciano Hang, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Nos documentos, foi possível ver CPF, número de telefone, endereço de residência e endereço de email, score do Cadastro Positivo e até lista de dívidas. Após a divulgação desses dados, a conta oficial do Anonymous Brasil foi suspensa do Twitter e a partir desse momento, a confusão começou.
Surgiram dezenas de outras páginas prometendo relevar informações sobre o presidente da república, entre elas, uma que afirmação que ele tinha relação com a morte de uma pessoa pública, mas essa informação veio de uma conta fake.
Após a suspensão da conta oficial, o grupo assumiu o perfil @AnonymouBr1. Apenas as informações divulgadas nesse perfil são de responsabilidade dos hackers que expuseram os primeiros documentos.
Deputado do PSL que teve dados exposto se manifesta
Um dos aliados que teve seus dados divulgados foi o deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia (PSL). Ele foi o único dos afetados que se manifestou publicamente e disse que iria a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência.
“Anonymous Brasil, de forma criminosa, acaba de divulgar todos os meus dados nas redes sociais. Para que colocar os meus familiares em risco? Para que divulgar o endereço de minha casa? Os lugares em que trabalhei? Estou indo agora mesmo na delegacia fazer um boletim de ocorrência”, disse no seu perfil do Twitter.