Patroa acusada da morte de Miguel pode pegar até 20 anos de prisão caso polícia siga outra linha de investigação

Sarí Corte pode ser responsabilizada pela queda da criança, que estava em seus cuidados.

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Na última terça-feira (02/06), um caso revoltou e comoveu o Brasil inteiro, causando uma onda de polêmica através de jornais e redes sociais. Trata-se da morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, que tinha cinco anos de idade e era filho de uma empregada doméstica.

O garoto foi a óbito depois de cair de uma altura de cerca de 35 metros quando saiu do elevador de um prédio de luxo do Recife, onde havia ido com a mãe, que trabalhava no local, na casa da primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real.

Na ocasião, Mirtes Renata, mãe de Miguel, havia ido passear com o cachorro da patroa e, quando retornou ao prédio, encontrou o filho ainda respirando, mas sem reação. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu.

Sarí chegou a ser autuada por homicídio culposo, quando a pessoa acusada não tem a intenção de matar. A empregadora foi levada para a delegacia, mas foi liberada pouco tempo depois de pagar a fiança, no valor de R$ 20 mil.

Mas o caso ainda pode ter reviravolta. De acordo com o presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, Sarí ainda pode ser autuada por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Isso porque, a esposa do prefeito estava responsável por cuidar de Miguel, porém o deixou sozinho em um local de risco.

Nenhuma linha de investigação deve ser desconsiderada “, declarou o presidente a OAB durante uma entrevista com a UOL. Para Baptista, no caso de Miguel cabem 3 linhas de investigação: homicídio culposo, com pena de 1 a 3 anos de detenção; homicídio doloso, cuja pena é de 6 a 20 anos; e abandono de incapaz, com pena de 4 a 12 anos.