Sarí Corte Real está no centro de uma morte que mexe com todo o Brasil. Ela foi a última pessoa com quem o garoto Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas cinco anos, teve contato antes de morrer ao cair do nono andar de um prédio de luxo do Recife.
Patroa da mãe de Miguel, Mirtes Souza, Sarí permitiu que o garoto andasse no elevador do prédio sozinho, enquanto a mãe passeava com um cachorro. O menino desceu no nono andar, abriu uma porta, acessou um corredor e chegou à área dos equipamentos de ar-condicionado. De lá, ele subiu em uma grade e caiu de um altura de mais de 30 metros.
Sarí foi encaminhada à delegacia, atuada pela morte do menino, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada. Sarí é mulher do prefeito da cidade de Tamandaré, a pouco mais de 100 quilômetros do Recife, Sergio Hacker, e responderá por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) em liberdade.
Em entrevista ao Fantástico neste domingo (7), o advogado Pedro Avelino mostrou que a defesa de Sarí tem uma carta na manga para evitar a condenação. “Apenas um vídeo está sendo divulgado. Existem outros vídeos, de várias outras situações, do menino Miguel entrando e saindo do elevador. Ela acompanhou ele todas as vezes e conseguiu retirá-lo”, afirmou o advogado.
O Fantástico exibiu um desses vídeos que mostram o menino entrando no elevador e Sarí conversando com ele. Em seguida, Miguel deixa o elevador e volta para a cobertura da patroa de sua mãe. No vídeo derradeiro, ele entra no elevador, Sarí tenta argumentar e, em seguida, aperta o botão referente ao andar da cobertura. Com as portas do elevador fechada, Miguel aperta outros botões. A polícia segue investigando o caso.