Milhões de pessoas no mundo contraíram o novo coronavírus e infelizmente milhares perderam a vida em virtude da doença. As complicações em decorrência da enfermidade podem causar sérios danos ao organismo de pessoas consideradas saudáveis e até mesmo evoluir para óbito. Uma paciente jovem de apenas 20 anos que contraiu a Covid-19 teve sérios problemas por causa da enfermidade.
A jovem acabou ficando com os dois pulmões destruídos por causa do novo coronavírus. Ela acabou sendo submetida a um transplante duplo, que foi realizado no Northwestern Memorial Hospital, que fica em Chicago, nos Estados Unidos. Esse foi o primeiro transplante de pulmão nos Estados Unidos feito em consequência da Covid.
O procedimento cirúrgico teve duração de dez horas e exigiu vários cuidados da equipe. A inflamação que foi provocada pelo vírus deixou os pulmões da paciente completamente colados ao tecidos ao redor, como coração, diafragma e parede toráxica, conforme explicou o Doutor Ankit Bharat, responsável pelo programa de transplante de pulmão da unidade.
A jovem tem apresentado boa evolução em sua recuperação na clínica, mas ainda segue respirando com a ajuda de aparelhos. Mesmo tendo recebido pulmões saudáveis, a espera longa da doença acabou deixando os músculos do peito muito fracos para respirar e por isso precisam de uma readaptação. De acordo com o médico, o transplante era o único meio de salvar a vida da mulher.
Outras unidades médicas têm buscado informações com o hospital e estão querendo enviar pacientes em que estejam em estado crítico causado pela Covid para a realização do procedimento. No entanto, o médico fez questão de ressaltar que o procedimento não é para todo paciente de Covid.
“Quero enfatizar que isso não é para todo paciente da Covid. Estamos falando de jovens, muito funcionais, com mínimas condições de comorbidade, com danos permanentes nos pulmões e que não conseguem sair do ventilador (…) Mas pode ser um caminho potencial para a recuperação”, explicou o médico.
A jovem paciente não teve a sua identidade revelada, mas é hispânica e trabalha em Chicago. A mulher estava saudável até contrair o vírus. Ela era portadora de uma doença menor, mas não estava claro se isso a colocava em grupo de risco para Covid.