A polícia do estado de Pernambuco continua a investigar a morte do menino Miguel, de apenas cinco anos. Na última semana, as autoridades pernambucanas ouviram diversas testemunhas em torno da morte da criança. Entre elas, uma manicure e um funcionário do prédio, que disse que ele teria prestado os primeiros socorros para a vítima.
Caso Miguel: Sarí vai ter que falar de novo com a polícia
Miguel é filho de dona Mirtes, empregada doméstica da casa de Sarí Corte Real, primeira-dama de um município pernambucano. A criança caiu de uma altura de 35 metros de altura. Ele subiu de elevador até o nono andar de um prédio. Nesse andar, o menino teria se pendurado em uma estrutura e, posteriormente, caído.
Sarí está sendo indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ela, no entanto, não chegou a passar uma noite sequer presa, já que pagou a fiança de R$ 20 mil e pôde voltar para o conforto do lar.
Ramon Teixeira, delegado do caso, agora quer ouvir novamente Sarí. O objetivo é entender como o menino caiu do prédio e como foi o socorro da criança. O caso Miguel tomou repercussões nacionais. Muitos dizem que a falta de atenção da patroa com o filho da empregada seria uma forma clara de como o racismo está enraizado na nossa sociedade.
O advogado de uma manicure ouvida nessa semana diz que ela não ficou o tempo todo do lado de fora e que pouco poderia contribuir para o desfecho da investigação do caso. “Ela não estava presente em todos os momentos do ocorrido, se manteve o tempo todo dentro do apartamento. Sari estava preocupada com o menino”, disse o advogado da manicure ao falar sobre o tema.