Apneia do sono: parar de respirar enquanto dorme é perigoso e pode levar a sérios danos

A apneia do sono pode causar ronco alto e respiração ruidosa enquanto a pessoa está dormindo.

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Uma boa noite de sono é indispensável para poder recarregar a energia do corpo. No entanto, muitas pessoas tem dificuldade para dormir ou até mesmo possuem algum distúrbio relacionado ao sono e não sabem. Por isso, acordam cansadas e indispostas, sendo complicado realizar tarefas do dia a dia.

O sono é marcado por algumas alterações dinâmicas que ocorrem no corpo todo. Ele é composto por fases diferentes e, de acordo com especialistas, enquanto você vai passando por elas, a respiração, temperatura do corpo e a pressão arterial aumentam ou caem.

A tensão muscular geralmente permanece a mesma de quando se está acordado, com exceção da fase chamada REM, que representa até um quarto do sono de uma pessoa. Nesta fase, a maioria dos grupos musculares tem uma redução na tensão.

No entanto, se a musculatura da garganta relaxar demais, pode acabar bloqueando as vias aéreas. O resultado disso é chamado de apneia obstrutiva do sono. A apneia faz com que o suprimento de ar seja interrompido continuamente, provocando uma queda dos níveis de oxigênio no sangue. A pessoa que tem apneia fica ofegante e se mexe tentando respirar. Isso pode ocorrer diversas vezes ao longo da noite. Os danos causados pelo problema podem ser muito graves.

O distúrbio coloca pressão sobre um dos órgãos nobres, o coração, que é responsável por bombear sangue de forma mais rápida para tentar compensar a fala de oxigênio no corpo. O nível flutuante de oxigênio no organismo pode gerar um acumulo de placas nas artérias. Isso faz com que a pessoa tenha o risco maior de ter problemas cardiovasculares, derrame e pressão alta.

Na década de 90, a Comissão Nacional de Pesquisas sobre Distúrbios do Sono dos Estados Unidos, chegou a estimativa de que cerca de 38 mil americanos perdiam a vida todos os anos em decorrência de doenças cardíacas que são agravadas pela apneia. Também existem evidências que o distúrbio afeta a metabolização da glicose promovendo resistência à insulina.

Isso consequentemente leva o indivíduo a desenvolver a diabetes do tipo 2. Além disso, pode acabar incentivando o ganho de peso. Pessoas que sofrem com esse problema costumam ficar cansadas, já que não tem uma noite de sono bem dormida, levando à perda de memória, depressão e ansiedade.