Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, tem se tornado um hábito entre a população a utilização das máscaras de proteção. O acessório é inclusive recomendado pelas autoridades sanitárias globais e governos locais, como no caso do Brasil.
Apesar da eficácia comprovada, a máscara não é uma barreira total contra a proliferação do agente infeccioso. Uma simulação comandada por cientistas da Universidade de Nicósia, no Chipre, mostram bem a disseminação das gotículas de saliva em pessoas que utilizam a máscara, em comparação com as que estão sem.
Mesmo com a utilização do acessório de proteção, o simples ato de falar, respirar, espirrar ou tossir já é capaz de fazer com que o vírus passe a barreira de tecido, podendo contaminar outras pessoas.
Vídeo mostra a simulação da dispersão de saliva com uso de máscara
Os autores do modelo consideraram condições climáticas, turbulência do ar e temperatura da pele e da boca de uma pessoa doente para montar simulações computacionais. Os resultados foram divulgados na terça-feira (16/06), na revista científica Physics of Fluids.
Para este teste, os pesquisadores consideraram uma pessoa utilizando as máscaras do tipo cirúrgica padrão. A utilização do equipamento consegue bloquear grande parte das gotículas de saliva, mas uma pequena parte consegue escapar pela parte superior, inferior e lateral. Algumas das partículas que dispersaram com maior distância conseguiram alcançar mais de 1,2 metro antes de serem depositadas sobre a superfície do chão.