Foi preso na manhã desta quinta-feira, 18 de junho, Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador e filho do presidente Jair Bolsonaro, Flavio Bolsonaro.
O policial aposentado foi capturado em um escritório inativo que pertence ao advogado Frederick Wassef, que defende o presidente no caso da facada, e também o seu filho Flávio, de envolvimento no esquema das rachadinhas. Wassef chegou a dizer, em uma entrevista no ano passado, que não sabia do paradeiro de Queiroz.
Segundo o delegado da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, os caseiros do imóvel afirmaram, durante a operação, que o ex-assessor estaria na residência há cerca de um ano. O ex-assesor foi levado para o Rio de Janeiro.
Flávio chegou a se pronunciar na manhã de hoje sobre a prisão do amigo íntimo da família presidencial. Em sua conta do Twitter o senador disse que encara os acontecimentos com tranquilidade e que a verdade prevalecerá. Ainda segundo o filho de Bolsonaro, a prisão de Queiroz foi mais uma forma de atacar o pai, hoje presidente da República. “Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, escreveu.
Queiroz tem medo de morrer
Em uma entrevista coletiva no início da tarde de hoje, na porta do Presídio de Benfica, local onde Queiroz foi levado antes de ir para Bangu, o advogado Emílio Catta fez uma declaração que pegou muita gente de surpresa.
Segundo o advogado, Queiroz tem medo de morrer. “Ele teme pela vida dele. Ele me comentou que desde que o caso veio a tona, ele já recebeu ameaças . Ele se sente ameaçado, se sente de alguma forma constrangido”, afirmou Catta Preta.
Emílio é o mesmo advogado que defendeu Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope, que supostamente chefiava o chamado “Escritório do Crime”.
Adriano também era suspeito de participar do esquema das ‘rachadinhas’ junto com Queiroz. O ex-capitão, que até já foi homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, maior honraria prestada pela Assembleia Legislativa do Rio, foi morto pela polícia na Bahia. A suspeita é de que a morte de Adriano tenha sido uma queima de arquivo, o mesmo fim que Queiroz teme ter.