Nesta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro divulgou novas informações sobre o Auxílio Emergencial, benefício financeiro voltado a trabalhadores autônomos e de baixa renda. Segundo o mandatário, o governo não tem condições de prorrogar as parcelas de R$ 600, valor estabelecido para os três primeiros meses.
O programa, criado devido ao impacto do novo coronavírus na economia, já beneficiou inúmeras famílias em tempos de pandemia. Na última sexta-feira (19), o governo federal publicou que 63,5 milhões de brasileiros receberam R$ 600 ou R$ 1.200 (mães chefes de família), e que mais de R$ 80 bilhões foram repassados até o momento.
A previsão é que o recurso seja prorrogado por mais dois meses, mas em menor valor. Em entrevista à Band, Bolsonaro revelou que a União não suportaria pagar essa quantia na quarta e quinta parcelas. De acordo com o presidente, o novo montante ainda não foi definido.
“O Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e a quinta (parcela), falta acertar o valor. A União não aguenta outro desse mesmo montante, que por mês nos custa R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, teremos problema“, explicou ele.
Presidente da Câmara defende prorrogação do Auxílio Emergencial de R$ 600
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, usou o Twitter neste domingo (21) para pedir a prorrogação do auxílio de R$ 600 por até três meses. Na rede social, o político ainda afirmou que a maioria dos deputados compartilham a mesma opinião.
“A todos que me perguntam sobre o auxílio emergencial: sou a favor da prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais 2 ou 3 meses. Todos os indicadores apontam uma forte queda da economia no terceiro trimestre“, declarou Maia.
“Tenho certeza que a minha posição é acompanhada pela maioria dos deputados. Manter esta ajuda é premente. O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora“, complementou.