O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, preparam um novo programa social para a população mais pobre do Brasil. O novo projeto é chamado de Renda Brasil nos bastidores e deve agrupar programas sociais já existentes.
Entre estes programas, está o Bolsa Família, cujo nome é muito ligado à gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro e Guedes querem deixar uma marca própria do atual governo. De acordo com a Bloomberg Brasil, fontes ouvidas informaram que não há previsão de emprego de mais recursos públicos neste novo programa.
Sem dinheiro, a ideia é passar um pente fino em programas existentes e realocar o dinheiro para este novo projeto do Governo Federal. O que se sabe até o momento é que o abono salarial, benefício pago a trabalhadores formais, pode ser realocado para o Renda Brasil, que vai reunir pessoas que hoje estão à margem do mercado de trabalho. A transição dos programas pode durar mais de um ano.
O Renda Brasil ainda não tem data oficial para ser divulgado, mas deve começar a acontecer após o fim do pagamento do auxílio emergencial, que deve ter mais duas parcelas, como defende a equipe econômica do Governo Federal.
O auxílio vem sendo pago desde abril e representa cerca de R$ 45 bilhões por mês aos cofres públicos. Com o Bolsa Família, por exemplo, o Governo gasta R$ 30 bilhões por ano. O Renda Brasil não deve contemplar todos os beneficiários do auxílio emergencial.
Paulo Guedes, por exemplo, informou que há 38 milhões de brasileiros invisíveis. Estes devem ser os beneficiários do Renda Brasil. O auxílio emergencial beneficia 63,5 milhões de brasileiros, entre beneficiários do Bolsa Família, desempregados e autônomos.