A pandemia do novo coronavírus, uma das maiores crises de saúde pública no mundo nas últimas décadas, não foi o suficiente para barrar o tradicional festival chinês de carne de cachorro.
O evento começou nesta última segunda-feira (22) com um novo desafio, fazendo uma campanha governamental para aumentar o bem-estar animal e assim reduzir os riscos à saúde, que são destacados devido a pandemia do novo coronavírus. Ativistas ambientais esperam que esta seja a última realização do evento.
Essa feira que acontece todos os anos dura 10 dias na cidade de Yulin, que fica no sudoeste do país. A feira de carne de cachorro atrai milhares de visitantes todos os dias. Muitos desses animais são vendidos em gaiolas e exibidos em espaços bastante apertados. Foi informado por ativistas que o número deste ano está menor.
O governo do país está tentando elaborar algumas novas medidas para conseguir a proibição do comércio de animais selvagens, além de outras leis protetivas a favor de animais domésticos e de estimação.
“Espero que Yulin mude não apenas pelo bem dos animais, mas também pela saúde e segurança de seu povo”, falour Peter Li, especialista em políticas da China na Humane Society International, um grupo de direitos dos animais, durante uma entrevista concedida para a imprensa de seu país.
A pandemia do novo coronavírus pode ter começado em morcegos-ferradura, segundo alguns estudos. Por conta disso, o governo chinês mudou algumas práticas para fazer a reavaliação da relação deles com animais, proibindo futuramente o comércio de animais selvagens.