Hippolyte Rivail foi um cientista francês e professor de ciências que viveu no século XIX. Nascido em 1808, passou quase toda a vida como um verdadeiro descrente. Porém, aos 53 anos, tornou-se Allan Kardec, o criador da doutrina espírita.
Escreveu mais de 20 livros sobre pedagogia e, quando resolveu investigar fenômenos espirituais, acabou dando ao mundo um conhecimento inovador a respeito das crenças sobrenaturais, que antes eram vistas muitas vezes como fraude, ou simplesmente como atos de fé.
Foi membro de nove grupos científicos, sociedades respeitadas até hoje. Seus colegas nunca entenderam seu estudo e pesquisa a cerca do espiritismo e, por muitas vezes, o ridicularizaram. Aliás, após enveredar pelos caminhos da doutrina espírita, não mais foi aceito nessas sociedades, porém, ganhou a admiração de milhões de pessoas pelo mundo afora, que antes nem sequer o conheciam.
Antes de tudo, Rivail era muito cético e dizia que a pessoa que estivesse disposta a se dedicar à ciência passaria a ver graça em fantasmas, espíritos ou almas penadas, que tudo isso não passava de crenças inerentes à ignorância.
O jornalista Marcel Maior publicou uma biografia de Kardec pela editora Record, onde conta a história de transformação na vida do pai da doutrina espírita. Segundo ele, Allan Kardec foi além da religião e, por meio de pura ciência, criou uma doutrina inteira em apenas 13 anos de trabalho.
De 1857 a 1869, ano de seu falecimento, Allan Kardec já tinha conquistado 7 milhões de seguidores pelo mundo, numa época de ausência de tecnologia, com precária comunicação entre os povos e com apenas 1,3 bilhão de habitantes. O mérito é dado justamente ao tratamento científico que comprovava os ensinamentos da doutrina.
No Brasil, Kardec conquistou uma grande parte da população com uma doutrina que se autodescreve como não sendo uma religião, mas sim uma forma de entender o que não se pode ver e se comportar de acordo com uma interpretação singular da Bíblia. Entre os nomes mais famosos, destaca-se o grande médium Chico Xavier.